domingo, 28 de setembro de 2014

Palmeiras - Diário de um Palmeirense




Minha terra tem Palmeiras...
Que antes sabia jogar,
Hoje quando entra em campo,
É um "Pega para Capar".

Minha terra tem ou tinha...
Um Palmeiras campeão,
Mas agora o meu time...
Só joga bem na segunda divisão.

O mascote do Palmeiras,
Já foi um Periquito que não parava de voar,
Trocaram ele por um Porco,
Que na lama vive a atolar.

Apesar das gozações,
Eu não paro de torcer!!!

Acredito em milagres
Sei que um dia, vai vencer,
Só espero que esse dia,
Seja antes de eu morrer!!!

Minha terra tem Palmeiras...
Que um dia já foi verde,
Mas ao fazer "Cem anos"...
Meu time amarelou 

De tanto cair aos pedaços,
Até as chuteiras, o tempo furou.
Talvez seja por isso,
Que mais nada ele ganhou.
A não ser vários troféus, 
Que na Segunda conquistou.

De tanto jogar na segunda.
Ganhou desconto na rabada da RAIMUNDA.
Depois do treino é de lei,
Encher a pança outra vez.

Palmeiras não é museu, 
Mas, está vivendo do passado 
Ta certo que quase ninguém,
Lembra do ultimo campeonato, por ele conquistado.

Não sei por qual o motivo, 
Continuo Palmeirense?

Porém nesse campeonato.
O Palmeiras foi um time diferente...

Jogou igual a nossa seleção, ou melhor, quase igual 
Perdemos de Seis a Zero e o BRASIL foi de sete a um.
o vexame foi tão grande, que de assunto vou mudar:

Minha terra Palmeiras...
Que um dia vai voltar,
Mas vou esperar sentado 
Pois de pé.... Vou me cansar!

Texto: José Roberto (Betão)


domingo, 14 de setembro de 2014

ANGELINA



DEUS escreve certo por linhas tortas.
Alguns eventos acontecem para juntar as peças que o destino espalha pelo mundo.
Foi assim, que essa mulher de nome angelical apareceu em minha vida....

Eu tinha apenas quatro anos de idade quando minha mãe morreu em um trágico acidente que também 
vitimou meu irmão caçula. Nessa época, minha vizinha, veio a se tornar minha futura mãe.
Após a morte de minha genitora, meu pai  espalhou os outros irmãos...
Dois deles foram morar com minha avó, um deles com uma tia no interior,
E eu fui morar com minha vizinha de nome ANGELINA, que se comoveu com minha situação e comprou uma briga com sua família e também seu marido, pois, tinham pouco tempo de casados e uma filha de alguns meses.

Sem falar no dilema de uma família branca adotar um filho negro numa época em que o preconceito racial era um tabu maior que hoje, mesmo assim, ANGELINA, não se intimidou.
Seu gesto de caridade, amor e compaixão falou mais alto e se tornou minha mãe adotiva.
Seu marido com o tempo passou a me chamar de Meu Negão, me educou e me criou, como filho legitimo sem discriminação, graças a coragem de ANGELINA.

Texto: José Roberto (Betão)