domingo, 14 de setembro de 2014

ANGELINA



DEUS escreve certo por linhas tortas.
Alguns eventos acontecem para juntar as peças que o destino espalha pelo mundo.
Foi assim, que essa mulher de nome angelical apareceu em minha vida....

Eu tinha apenas quatro anos de idade quando minha mãe morreu em um trágico acidente que também 
vitimou meu irmão caçula. Nessa época, minha vizinha, veio a se tornar minha futura mãe.
Após a morte de minha genitora, meu pai  espalhou os outros irmãos...
Dois deles foram morar com minha avó, um deles com uma tia no interior,
E eu fui morar com minha vizinha de nome ANGELINA, que se comoveu com minha situação e comprou uma briga com sua família e também seu marido, pois, tinham pouco tempo de casados e uma filha de alguns meses.

Sem falar no dilema de uma família branca adotar um filho negro numa época em que o preconceito racial era um tabu maior que hoje, mesmo assim, ANGELINA, não se intimidou.
Seu gesto de caridade, amor e compaixão falou mais alto e se tornou minha mãe adotiva.
Seu marido com o tempo passou a me chamar de Meu Negão, me educou e me criou, como filho legitimo sem discriminação, graças a coragem de ANGELINA.

Texto: José Roberto (Betão)




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